domingo, 15 de maio de 2011

De Buk Onde Teibol!!!!!! Gelo Na Boca - Confissões de um Pobre-Diabo no Prelo!!!!


Dentro de poucos dias a minha novela Gelo na Boca- Confissões de um Pobre-Diabo será impressa, num esquema indepentende de "capa a capa" com muito orgulho, tudo no mais puro esquema "Mil Maus" (B.A.G.U.= Braço Armado da Guerrilha Underground)!



Claro que "A filha de Giselle" nada tem haver com o Gelo. Escolhi como propaganda pelo Pulp, pelo autor "J.F. Krakberg", pelo absurdo do título (e subtítulo!) e óbvio, pela bela Pin-Up.


Faltam pequenos detalhes, cruzem os dedos!

Autorretrato n° 2 do dia de hoje (Fido Karlo) - O delicado equilibrio.



domingo, 1 de maio de 2011

Autorretrato do dia de hoje (Fido Karlo)



Um desses vai ter que fazer!

Trampo pesado Trampo (Tradicional poema para o dia do trabalho)






Pela manhã




Pela manhã um pouco depois


das cinco


ainda na escuridão da noite


com o friozinho


da madruga


que faz o cara da rua


se cobrir da cabeça aos pés


de cobertor e papelão


– nunca o ouvi roncar,


nem se mexer- também nunca o vi


de dia -Viro a esquina


e cruzo com as duas amigas


que vão para a fábrica de calcinhas


(é claro que elas não estão de calcinha,


ou melhor, estão..., bem, acho que estão...,


ou melhor dizendo – elas trabalham


em uma fábrica de calcinha)


Depois cruzo com uma outra retardatária,


sempre com seus jeans,


sua bolsa de 9,90


e seu cheiro de AVON DO DIA 5


Nesse horário a Guaicurus


é tão vazia que a cruzo de olhos fechados,


tão vazia que


os ônibus erram o itinerário


e tomam a contra mão da Aurélia.


O bar recende a enroladinho de salsicha


em óleo rançoso.


Remendei as solas dos meus sapatos


cortando parte do calcanhar.


Remendei com uma “Bond-Pirata”


debaixo da escada,


escondido para minha mulher


não ver- Pobre Churi, pobre vida!


A professorinha disse não saber porque


o Will Eisner desenha todo mundo com os sapatos furados.


Fiquei com vergonha de levantar o pé e mostrar


como isso funciona!


Continuo o caminho como


se pisasse em dois grandes chicletes,


ou em merda dura,


uma em cada pé.


Torço para logo me acostumar.


A banca de bolos na entrada


da estação o café fumega. Já


parei ali em outras épocas quando 1 real


era alguma coisa.


Hoje cada passo – cada mísero


passo é para o aluguel.


Na plataforma o trem já


vem cheio de Itapevi,


ainda mais cansados do que eu


ainda muito mais corajosos do que eu...


Todos na lida...


Na Barra Funda


todos a tomar seus rumos


e


eu sigo martelando um verso


e com a esperança de que o sapato


aguente


um pouco mais.


Para quando se sentir sinistro



UMA CANÇÃO PARA A JUVENTUDE

É preciso sonhar
é preciso amar
enlouquecer
correr pelado na rua
botar fogo na Lua
duvidar sempre
que o sol
amanhã possa nascer!

J.R. Bazilista

Um minuto prum cigarro.