domingo, 20 de fevereiro de 2011

Acabei de entregar a primeira versão de um roteiro que é uma adaptação desse conto. Agora virou A Fada dos Dentes



Ontem a noite.

Dirigindo e bebendo ele mete a mão nas pernas dela.
Ela gosta. Bebe também.
Se ajeita e ouvi rádio alto.
Naquela hora não há fárois.
Estaciona na rua de qualquer jeito.
Se debatem três lances de escadas.
Acerta a chave na sorte.
Entram se explorando.
(...)
Cansam e dormem.
Sozinho acorda.
Não a vê.
Sente algo estranho,
Sua boca.
Corre para o banheiro.
A cabeça dói.
Olha no espelho e se assusta,
Nenhum dente!
Olha de novo,
Sem sangue!
Abre mais a boca,
Passa a língua na gengiva,
Gosta disso
E sorri.
[fim]
J.R.Bazilista
23/10/01




Coloquei mais dois outros personagens, sendo que um deles deu nova dimensão a estória.
O pessoal do CineGalpão vai produzir, jurei que não mais dirigiria cinema, pela proposta do Henrique, certamente vou quebrar a jura!

Como ele vai produzir, vou perguntar se posso postar aqui o roteiro, nada mais justo consultar.

Desde 2001 na gaveta, virou um conto do Como empalhar Mosquitos e agora em 2011, será um curta, cara nunca imaginei!

Canto de página - Jazzneta

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Elisabeth Ruriz e o Gigante



Elisabeth Ruriz (Trecho: No meio do Nada tinha um Gigante)

bum Bum, BUM. BUM. BUM. BUM. Foi com espanto e um grande espanto que Elisabeth percebeu que o autor daqueles barulhos era um GIGANTE e que vinha a toda velocidade em sua direção, e que agora o som das suas passadas fazia o chão tremer a cada BUM. E foi com muita destreza que Elisabeth conseguiu se livrar de ser esmagada. Mas era aquele gigante que havia quase a esmagado e totalmente a ignorado que poderia lhe dizer alguma coisa sobre onde ela estava. Então resolveu correr atrás daquela criatura.

“Seu Gigante, por favor, um minuto, aqui embaixo!!!”Mas nada do grandalhão dar atenção e ela não iria conseguir continuar no seu ritmo. Foi então que uma idéia lhe surgiu:
“Seu Gigante o senhor deixou cair algo!”

E isso parece realmente dar certo, pois o colosso realmente parou.
“O senhor deixou cair algo!”
Ele se virou e olhou para ela pela primeira vez e sua voz saiu como se um furacão nascesse de dentro de sua garganta:
‘E O QUE FOI QUE EU PERDI E ONDE ESTÁ O QUE EU PERDI? E COMO VOCÊ VIU O QUE EU PERDI, SE TEM OLHOS TÃO PEQUENOS?”
“Como o senhor está me fazendo três perguntas só responderei se o senhor responder as minhas!”
“SABIA QUE EU POSSO ESMAGAR VOCÊ NUM PISÃO?!”
“E isso seria outra pergunta?”
“ENTÃO ANDE LOGO COM SUAS PERGUNTINHAS, E RESPONDA AS MINHAS, NÃO TENHO O DIA INTEIRO!”
“Como eu faço para chegar naquela cidade?”
O Gigante olhou para o horizonte e depois falou:
“NUNCA NINGUÉM CONSEGUE CHEGAR A HORIZONTINA.”
“E que lugar é esse onde estou?”
“VOCÊ ESTÁ NO MEIO DO NADA!”
“E eu devo ir para onde?”
“AH PEQUENINA, QUE PERGUNTA ESTÚPIDA, NÃO TEM OUTRA MELHOR?”
“Não, mas o senhor acabou de me fazer outra pergunta.”
“ENTÃO VÁ PARA NOMADIA”
“E como eu faço para chegar até lá?”
“ELA VAI CHEGAR ATÉ VOCÊ. AGORA QUERO MINHAS RESPOSTAS!”
“Bem, como o senhor mesmo disse, eu tenho olhos pequenos, então não vi o que era, mas vi que caiu do senhor e foi lá atrás, de onde o senhor veio.”
O gigante olhou para onde tinha vindo, hesitou um instante, bufou, apalpou os bolsos, resmungou algo e voltou pelo caminho e mais uma vez se Elisabeth não fosse rápida teria sido esmagada.
“Bem, pelo visto realmente ele deve ter perdido alguma coisa.” Pensou.

Coisas que eu não engulo (Nem Fodenô!!!)





quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Era meio Di era meio Amado e meio Naquelas!

A velha Velha da Fila



"Não sei o quê nela estava diferente
e nem o motivo de me encarar! "


Sempre na fila e na sua frente!

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Meus dias na Garçonaria (Um papo da categoria)



A Cuaiada do Chico Mandioca

Ele quase não falava, mas uma vez ele desembestou a falar:

“Fomos eu mais uns colegas
lá pro lado do Catitu
caçá péba cuns cachorros
Paramos lá na grota
dum véio
Amigo nosso, o Chico Mandioca
comemos uns toiços rançado
e depois ele falou:
-Visse meninos tem cuaiada aí!
Quando pomos açucá
e partimos com a cuié
tava tudo cuaiado,
um outro falou:
‘Eitá Chico isso mais um pouco vira quejo!’”


Nesse ponto ele ria, que levei dois dias pra entender o resto.

“A cuaiada tava tão ruim
que nem um gato de doi dedo de grussura comia!”