quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

domingo, 21 de novembro de 2010

Estudo: Boterices "O Jogador de Cartas perde a Esportiva"





Inspirado na tela: O Jogador de Cartas, 1988 Fernando Botero

Comecei uma série de "estudos" do Fernando Botero, e só foi começar para ter noção da dimensão da coisa! Cada uma que eu me meto!!

Vou colocar mais coisas assim que valer a pena. O próx. será a versão do "Banho".

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Bis: P/ o LOU REED (Detetive Lázaro Lemos - Rápido, Barato e Garantido em: O REI DO ROCK



O rei do rock

Era a segunda vez que o telefone tocava naquele dia. A primeira, pela manhã, engano. Agora não fazia a mínima idéia de quem era, tomara que fosse um caso, as coisas estavam devagar, não era nem preciso olhar pela janela para notar que o mundo não estava em paz, mas ninguém parecia precisar de um detetive. Acaso não fosse um caso, talvez teria que voltar a fazer bico de segurança de loja de calcinha. Deixei tocar uma segunda e terceira vez e atendi:
- Alô!
- Alô!
- Alô! Era um retardado, ai caralho!
- Quem fala? Falei já puto.
- É o detetive Lázaro Lemos?
- Certo!
- Detetive eu preciso de um serviço do senhor.
- Senhor não, e eu não atendo por telefone.
- Mas eu preciso de sua ajuda.
- Escuta é só pintar aqui no meu escritório, ou...
- É que eu não posso me locomover direito, não tenho muita prática com a cadeira pelas ruas.
- Bem nesse caso...
- Eu sou amigo da Luiza, ela que me falou do senhor, quer dizer, de você.
Ele tinha a palavra mágica, Luiza.
- Escuta, você não falou seu nome.
- Alan.
- Viu Alan, onde posso te encontrar?
- Você pode vir até meu prédio?
- Claro.
- É sobre meu irmão, é de vida ou morte.
- Tudo bem Alan é só me dar o endereço.
Ele passou: Rua das Freiras, Vila Juliana, edifício Britsh Garden Gold, apartamento 74, bloco B.
- Você sabe onde fica!
- Claro Alan, já fui cobrador e carteiro, já estou chegando.
- Por favor, é que meu irmão...
- Alan fica frio e vá abrir a porta.



Pelo elevado até que foi. Vila Juliana lugar de bacana, a cara da Luiza. A rua era próxima ao metrô. O prédio como eu imaginava, mini-paraisos com sacadas enormes. Parei quase em frente da portaria.
Fechei o carro, atravessei a rua e já fui intimando o porteiro.
- Fala pro Alan do 74- bloco B, que eu já cheguei, Lázaro Lemos.
O sujeito ficou olhando pra mim e juro por deus que eu não sei o que ele pensou.
Pegou o interfone, me anunciou, mandou uns “Am-rãm”, “Certo, certo”, desligou e me explicou:
- O senhor entra por aqui – apontou – o bloco B é a segunda entrada.
Agradeci e fiquei pensando se o bloco C era a terceira entrada.
Era um condomínio de bacanas realmente, nem sei quanto valia aquela merda toda, me bateu uma certa tontura e uma certa náusea que me obrigou a cuspir na frente do elevador. Tentei me acalmar e passei o pé em cima do cuspe e meu sapato ficou escorregando, quando o elevador abriu sequei-os antes de entrar. O elevador subiu macio como se tivesse manteiga nos cabos. No sétimo a porta abriu e eu saí.
Um garoto de uns quinze anos, branquela e cumprido, sentado numa cadeira de rodas me esperava. Estendeu a mão dizendo, mais uma vez ser amigo de Luiza. Peguei-a meio sem jeito, me deu uma dó do cacete, um mulecão daqueles sentado naquela bosta.
- Entre, meus pais não estão, é sobre meu irmão, ele ta louco!
Fui entrando e me foi normal perguntar onde estavam seus pais.
- No Canadá em um congresso, são médicos neurocirurgiões, os dois.
- E seu irmão?
- Meu irmão seu Lázaro...
- Detetive certo! Falei isso olhando a sala e a decoração. Ele pareceu melhor ao me chamar assim.
- Meu irmão detetive vai matar o (aqui ele falou um nome dum sujeito que eu perguntei umas três vezes e num lembro e também não fazia a mínima idéia de quem era), eu falei quem, e ele tentou me explicar o que se tratava. O irmão era fã desse cara, que eu não me lembro o nome, segundo Alan tinha esse cara como uma espécie de Deus. Fomos entrando pelo apartamento e ele falando, falava que o cara tinha sido líder de uma das principais bandas de rock do mundo, segundo o irmão, a principal.
Um caso de fanatismo, pensei.
O quarto do irmão era todo forrado com fotos do cara, uma viadagem só!
- O quê te leva a pensar que seu irmão faria alguma coisa contra o cara?
- Uma que ele vivia dizendo que o cara depois dos anos setenta se encontrava em constante decadência, tá vendo aquele pôster ali – apontou – aquele é de quando meu irmão achava o cara o máximo, ta vendo aquele outro – e apontou novamente – esse é de quando meu irmão o detesta.
Tinha diferença é claro, no primeiro o sujeito usava poupa de couro, coleira, óculos escuros e cabelos quase raspados e tingidos de loiro, no segundo um sobre tudo cinza e os cabelos pretos batidinho e cheinhos na parte da nuca, bem anos oitenta. Isso só não era normal para um fanático, que não vê que não se pode ser jovem para sempre.
- Segundo foi isso – Ligou o computador e me mostrou uma espécie de diário que o irmão tinha escrito, onde narrava que o mataria no show previsto, li rapidamente, era simples e me pareceu eficiente,o sujeito ia se aproximar e mandar o outro pra bosta, iria ser preso e sair na primeira página dos jornais do mundo todo, pois segundo ele milhares de fãs tinham a mesma opinião que a dele, já tinha dado pro cara.
- Bem, até aí são só opiniões do seu irmão...
- E isso detetive. Ele abriu um guarda roupa e jogou em cima da mesa uma caixa de uma pistola e me entregou uma caixa de balas 380.



É, ISSO, já é bem diferente!Peguei um pedaço de papel e uma caneta de dentro de uma latinha e anotei o lugar que seria o show.
- Escuta Alan, você pode colocar alguma música do cara?
Ele pareceu não entender, nem eu, mas por algum motivo achei que poderia ajudar.
- Claro!
Foi para o computador e colocou uma música.
- Essa é da fase que meu irmão adora.
- A música era boa mesmo, uma pena ser em inglês e eu não entendi nada, tive a impressão de já ter ouvido, a melodia não me pareceu estranha. Aí ele interrompeu dizendo:
- Essa é da fase que meu irmão detesta.
A música era uma bosta realmente, o rapaz tinha bom gosto, me veio uma vontade maníaca de deixa-lo matar o cara.
- Alan qual é o nome do seu irmão?
- Mário.
Perguntei se ele tinha uma foto recente, qual a cor de camisa que ele estava usando e coisas do gênero, anotei tudo e disse para ele ficar tranqüilo.
Fui saindo e ele me acompanhou com a cadeira. Na porta quando eu já estava do lado de fora:
- Detetive, isso é tudo o que eu tenho, depois posso arrumar mais.
Me estendeu umas notas, peguei e no elevador contei setenta e cinco contos. Entrei no carro e rumei para a casa de show, pois segundo o plano do Mário o cara iria fazer uma passagem de som antes da apresentação. Liguei o rádio, caso já estivesse falhado ficaria sabendo.
O trânsito impossível, claro. Parecíamos todos mortos dentro dos carros. Quarenta minutos depois e de quase ter atropelado duas crianças que vendiam balas num farol eu estava passando em segunda, bem devagar, em frente ao Overhall (era esse o nome do clube). Vi um estacionamento, dei seta, entrei e guardei o carro mais ou menos no meio, onde tinha mais vaga na verdade. Quando caminhava ajeitando o revolver debaixo da jaqueta, quase na saída um sujeito se aproximou, dei a ele cincão e falei que não demorava. Normal.
Atravessei a rua e fui pela calçada do Overhall, olhando a redondeza e imaginando a cena que eu teria que evitar, projetava a imagem do rapaz aparecendo num táxi, do nada e sentando o dedo no infeliz, ou abrindo espaço na multidão que poderia o cercar, se aproximar “Hei!” Blá. Blá. Blá! E a gritaria.
Tirei tudo isso da cabeça, não queria que realmente me pegasse de surpresa. Vi o nome do sujeito e anúncios de outros shows e numa porta um pouco mais a frente um grande segurança, caminhei até ele.
- Oba!
- Oba.
- O Sergio taí? Claro que não conhecia nenhum Sergio, mas resolvi arriscar.
- Quem?
- Ele falou que no show de hoje tem vaga e que era pra eu pintar por aqui, vai vê que ele ainda não chegou!
- Ele é da turma do Geraldo?
- Acho que foi isso mesmo que ele falou, “eu sou da turma do Geraldo”, ou foi Geraldão, puta, não lembro a gente tinha tomado quase meia caixa.
- É só pode, porque a turma do Geraldo chega mais tarde.
- Então é.
Cada uma!
- Escuta, o figurão já chegou?
- Não, mas já tem moleque enchendo o saco aqui desde cedo!
- É foda!
- Esses caras são tudo tonto!
- São memo!
- Queria ver se fosse eu...
Nesse momento chamaram ele pelo rádio. Ele deu dois passos para o lado, respondeu um treco que eu não entendi. Eu falei que ia comprar cigarros e que se o Sergio pintasse dissesse que eu estive por lá e que estava na área. Ele balançou a cabeça tomado pelo rádio. Ficou lá respondendo uns ‘positivo, positivo’, feito um grande perdigueiro idiota e adestrado enquanto eu me mandei.




Foi a melhor coisa que eu poderia ter feito, o bar tinha banheiro e eu precisava mijar e no balcão Mário Babão! Puta que sorte, ele parecia estar numa concentração nervosa e demente. Pensei, ‘vou no banheiro e que se foda!’ Passei pela suas costas. Não sei se me viu ou não, e se me viu não se importou, talvez ele tivesse um ‘ponto fixo’ para daqui a pouco que eu, nem ninguém dali, fazia parte. Não queria entrar em sua mente, era lelé. A arma estava em suas costas, fui para o banheiro e me aliviei, não lavei as mãos e voltei. Agora poderia sentar atrás dele ou do lado, sentei do lado, pedi uma cerveja e um maço de cigarros.
Dei um gole mas não estava afim de beber, abri o maço de cigarros e acendi o cigarro, tinha duas banquetas que nos separavam. Ele olhou para mim, acenei num cumprimento balançando a cabeça, ele foi nervoso demais para que eu pudesse ter-lhe oferecido cigarro, e também me pareceu um sujeito que não aceite cigarros de estranhos. Um cuzão!
No meio da segunda cerveja e do sexto cigarro uma movimentação lá fora o tirou do transe, eu já tinha até desconfiado que ele não iria fazer porra nenhuma, que iria ficar ali até a manhã fissurado na merda do balcão. Só faria alguma coisa se ele fizesse, esse era meu lema ali. Mas a movimentação pelo visto era a chegada do cara. Ele se levantou e deu um passo para ver melhor, eu fingia ver tv, ele deu mais um passo, ajeitou a arma nas costas e voltou rapidamente, tirou deizão do bolso e falou ‘tá pago’, não entendi o porque, pois não bebeu nada, e outra quem ia fazer o que ele ia fazer, porque pagar? Caralho, que cara estranho.
Ele foi saindo e eu me levantei tirando deizão do bolso e deixei no pé da garrafa, peguei o cigarro e meti no bolso, fui saindo na moral, ele parou na ponta da calçada e eu na porta do bar. Duas ‘Vans’ pretas estavam paradas na porta onde eu falei com o segurança, alguns carros de imprensa, fotógrafos e jornalistas, não muitos, poucos fãs. Saíram várias pessoas de dentro delas, mas da segunda saiu o bacana, óculos escuros, uma camiseta preta apertadinha e calça de couro e botas, tudo bem viado.
Mário ameaçou atravessar a rua, conferiu a arma nas costas, esperou um carro passar, outro. O figura falava alguma coisa aos jornalistas lá na frente, tive a impressão de que nos viu. Uma moto foi o último obstáculo, o rapaz ameaçou ir, ia levando a mão nas costas para sacar a arma quando eu a arranquei do rego. Tomou um susto que quase caiu, foi engraçado mas não ri, achava o sujeito louco, e esperava qualquer coisa louca pro meu lado, dois tiros nas pernas eu daria, não mais que isso.
- Pra quê que é isso, heim?! Disse guardando sua arma e apontando a minha para ele: -Vem pra cá, saí daí! – Falei apontando a calçada, tive a impressão que ele ia aprontar uma cagada, respirei já preparando o sapeco, ele olhou pra mim e olhou pro carro que vinha passando, olhou mais uma vez para o figurão, que me parecia ver tudo – Nem tenta maluco! Jeitei o dedo no gatilho e ele veio pra calçada, não dei moleza – Vai vamô! Ele olhou para mim cheio de ódio, mas foi algo covarde e mesquinho que vi, que nem liguei. O nervosismo o deixou burro e estúpido. Esperei que ele perguntasse quem eu era. Mas não, foi caminhando feito um imbecil cordeiro – Vai sai fora! Caminha e não olha para trás! - E mirei um chute no rabo, mas não dei. Andei mais uns passos, parei e ele seguiu. Olhei pra trás e o figurão tinha entrado, olhei pra frente e o ‘Lelé’ tinha apertado o passo, fiquei parado guardei completamente a arma. Pronto.
Recebi uma massagem de uma ‘chinesinha’ que dormi relaxado a noite toda.



Pela manhã acordei com o telefone tocando, engano. Vesti uma calça e a mesma camisa, sentei na cama e procurei os sapatos, calcei-os. Me levantei e apertando o cinto fui até a pia lavar o rosto, mas desisti, a primeira água do dia sai amarela de ferrugem e estou evitando abrir. Passei pela banca, peguei um jornal e o Zéca não falou nada, ainda bem, paguei e atravessei a rua. Entrei no bar, pedi três pães de queijo e um café.
Abri o jornal e fui direto no caderno cultural coisa que eu nunca faço, nem o leio. Procurei alguma coisa sobre o show, achei uma chamada não muito grande: “Ontem a noite mais uma página do rock n’ roll foi escrita” Coloquei o caderno junto com os outros, dobrei e pus ao lado do balcão. Mordi um pão de queijo e dei um gole no café.
***

Esses dias perguntei o nome do cara para Luiza (minha secretaria) e até anotei para não esquecer: Lou Breed.


Trecho do Romance: “Detetive Lázaro Lemos – Rápido, Barato e Garantido”

04/08/03
J.R.Bazilista
ps: Sempre imaginei essa parte do romance terminando ao som de Goodnight Ladies, do próprio Lou Reed.

Super Normais

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

(Série Guardanapo Sedinha): Cão caga Dono come!

Poemas ao calor da Forja

A Primeira manhã de Dilma


Hoje
Segunda - Feira
tanto no trem
quanto no metrô
Não vi ninguém
no Viva Dilma!
Pelo contrário
um grito desse parecia que
iria do constrangimento
ao terror...
e desde que senti isso
no caminho encontrei
só duas pessoas
vestidas de vermelho
e uma
ainda era de um vermelho goiabinha
Um clima de 1° de Maio do Mário de Andrade.
É Segunda e nem
é tão 'Braba'
Amanhã são os
mortos...
Depois os vivos.

domingo, 31 de outubro de 2010

Um Poema do livro Lojas das Antologias

Charles e Amanda


Têm caras que não admitem perder
e esses são os piores tipos de perdedores
e para Amanda
Charles havia perdido tudo,
... o interesse, a beleza, a paixão,
a esportiva, a dignidade, o bom senso,
a honestidade, o amor, ...,
enfim a coisa toda
(caído pelas tabelas).
Simples, bastou que um dia Amanda acordasse
e dissesse: Cansei!
Pronto e Charles já era! O noivado já era!
Igual a um tropeção, quando menos se
espera, o amor chega.
Igual a um tropeção, quando menos se
espera, o amor vai.
Às vezes você até pode ir andando
de olho no caminho,
mas aí não se curte a paisagem.
“Charles, não dá mais!”
No que ele respondeu com um infame:
“Se você não for minha não será
de mais ninguém!”
Mas como para Amanda Charles havia perdido tudo
Ela achou que a coragem também era
uma das coisas perdidas.
“Cada um segue sua vida
apesar de tudo
foi bonita nossa história!”
Ela nem notou que o sangue dele ferveu.
Que suas mãos apertaram o volante
que os dentes travaram
“... e Charles, não me procure...
pelo menos por um tempo,...
depois...
quem sabe... ser amigo.”
“Amanda eu estou falando sério!”
Ela desceu do carro
Ele cantou os pneus
Ela cortou os cabelos
Ele... não sabe perder
Ele tentou mais uma vez
Amanda disse não!
E Ele chorou
e jurou
e Amanda não viu, nem ouviu,
nem ligou dessa vez:
“Se você não for minha não será
de mais ninguém!”
E foi num 20 de Dezembro
Quinze dias depois do fim,
numa festa na casa de uns amigos comuns.
Da Paula namorada do Ed.
“Amanda a gente precisa conversar!”
Ele não sabia perder!
“A gente já conversou, Charles!”
E até o fim da festa ela cedeu
pra por o ponto final.
Até aí normal!
Quando ele pegou a pista
foi o primeiro “Por Favor” de Amanda.
“Charles, onde você vai? Me leva pra casa!”
e quando ele logo saiu da pista
para um canavial
“A gente precisa conversar!”
Ele não sabia perder.
“Então, a gente podia voltar para a cidade,
parar num barzinho,
beber alguma coisa...”

Ah! Amanda isso não ia adiantar,
agora era tarde, era sem volta
e era o segundo Por Favor

“... Charles, por favor!”
Então ele parou o carro,
“Você me ama? Quer voltar a ser minha noiva?
Quer casar comigo? O que foi que eu fiz?”
E ela chorando:
“Você não fez nada, acabou Charles,
só isso!”

Agora ela viu a arma.

“Pelo amor de Deus, Charles!”
Ele não sabia perder –
(Se eu falasse em demônios na garrafa
em alienação das revistas
Eu só estaria fugindo do assunto
se eu falasse do comercial News Cars,
de um novo alisamento, celular, luz que pisca,
alienação, suaves parcelas,Taurus e DietShake...
Eu só estaria fugindo do assunto
alguém dirá que eles não valiam
três páginas
que um poema é demais,
nada em seus nomes
Mas eu só estaria fugindo do assunto.)

“Volta pra mim Amanda!”
“Charles, pelo amor de Deus, guarda essa arma!”
Ele não sabia Perder:
“Volta pra mim Amanda!”
E antes do terceiro pelo amor de Deus,
Charles disse:
“Eu te falei, que se você não fosse minha,
não seria de mais...”
E atirou na barriga dela,
mais um tiro, agora no peito
Ela o encarou e ele atirou outra vez,
agora na cara.
“... de mais ninguém!”
Colocou o cano quente na própria boca
e puxou o gatilho pela quarta vez!

E ficaram assim,
um olhando pro outro, como se
não acreditassem no que haviam
perdido
No que havia acontecido
cada um apoiado no vidro do pequeno Renault
e assim por uma semana.
As famílias não queriam acreditar
no que podia ter ocorrido
achavam até que os dois
poderiam ter feito as pazes
e fugido
Só depois do Natal é que deram queixa formal
E no dia 31 a polícia achou o local
“Charles e Amanda cheiravam mal”
foi o que escreveram no jornal
retratando-os
como um caso banal
de crime passional
E como ele não sabia perder
foram velados juntos,
e enterrados juntos,
como noivos,
ex-noivos,
amantes,
amigos,
inimigos
dividem hoje
o mesmo jazigo.

25/01/10
J.R. Bazilista

(Serie Guardanapo Sedinha) rabiscar é o melhor remédio

Série Guardanapo Sedinha): Paisagem morta de fome enquanto o prato não chega

(Série Guardanapo Sedinha): Borat

(Série Guardanapo Sedinha): ASK- tocava essa hora, quase um milagre!

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Eu, o PUNQUE



Para melhor visualizar é só clicar na imagem!

terça-feira, 7 de setembro de 2010

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

A Lenda de Greup ( Primeiro conto do "Como Empalhar Mosquitos")

A lenda de Greup



“... Dirkim Furahbilusk, é o último narrador da lenda de Greup, herói cazaquistanês do século IV, que a narrativa de suas façanhas levam sete dias para ser contada. A primeira vez que a história foi contada na família de Dirkim Furahbilusk foi pelo seu antepassado Durkim Furahbilusk testemunho ocular de Greup. O pai de Dirkim, Dirkim Ib Furahbilusk morreu após sete dias da narração, que é feita quase num só fôlego e só interrompida para um gole de Kimi, chá de alto teor alcoólico. Esse dia trágico, marcou para Dirkim como a última vez que ouviu a lenda por uma boca que não fosse a sua.
A lenda de Greup corre o risco de desaparecer como narrativa, pois os dois filhos de Dirkim Furahbilusk, Dirkim Ib Lib Furahbilusk e Dirkim Lib Ib Furahbilusk nasceram com deficiências que levaram Dirkim Furahbilusk ao completo desespero de invocar o Fhorart, ritual de suicídio lento e gradual que se estende por trinta e quatro luas cheias.
A próxima lua será a de número trinta e quatro. No leito de Dirkim Furahbilusk, seu filho Dirkim Ib Lib Furahbilusk chora sem voz, essa que lhe faltou desde o dia que saiu do ventre de sua mãe, Dorah Ikiterina Furahbilusk. O outro, Dirkim Lib Ib Furahbilusk acompanha seu pai no Fhoraht aos gritos, obrigando a mãe Dorah conte-lo a golpes de cajado, devido Lib Ib ser de nascença surdo.
...
Dirkim Furahbiluski já em delírio toma o primeiro gole do Kimi e inicia a narrativa, o efeito do Fhoraht é visível e se tornará ainda mais com a aproximação da trigésima quarta lua. Na casa todos aguardam em silêncio o fim da narrativa.”

Velho Cabreiro



Para visualizar é só clicar na tira.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

A sonhada capa para o Mosquito (Marcada a ferro: tela de Jenny Saville)




Quando vi pela primeira vez a "Marcada..." pensei que seria a capa do meu livro, desde então nunca mudei de ideia!

Essa Jenny Saville é fodona, põe no google imagens pra ver se tou brincando!

terça-feira, 24 de agosto de 2010

terça-feira, 17 de agosto de 2010