Pelo elevado até que foi. Vila Juliana lugar de bacana, a cara da Luiza. A rua era próxima ao metrô. O prédio como eu imaginava, mini-paraisos com sacadas enormes. Parei quase em frente da portaria.
Fechei o carro, atravessei a rua e já fui intimando o porteiro.
- Fala pro Alan do 74- bloco B, que eu já cheguei, Lázaro Lemos.
O sujeito ficou olhando pra mim e juro por deus que eu não sei o que ele pensou.
Pegou o interfone, me anunciou, mandou uns “Am-rãm”, “Certo, certo”, desligou e me explicou:
- O senhor entra por aqui – apontou – o bloco B é a segunda entrada.
Agradeci e fiquei pensando se o bloco C era a terceira entrada.
Era um condomínio de bacanas realmente, nem sei quanto valia aquela merda toda, me bateu uma certa tontura e uma certa náusea que me obrigou a cuspir na frente do elevador. Tentei me acalmar e passei o pé em cima do cuspe e meu sapato ficou escorregando, quando o elevador abriu sequei-os antes de entrar. O elevador subiu macio como se tivesse manteiga nos cabos. No sétimo a porta abriu e eu saí.
Um garoto de uns quinze anos, branquela e cumprido, sentado numa cadeira de rodas me esperava. Estendeu a mão dizendo, mais uma vez ser amigo de Luiza. Peguei-a meio sem jeito, me deu uma dó do cacete, um mulecão daqueles sentado naquela bosta.
- Entre, meus pais não estão, é sobre meu irmão, ele ta louco!
Fui entrando e me foi normal perguntar onde estavam seus pais.
- No Canadá em um congresso, são médicos neurocirurgiões, os dois.
- E seu irmão?
- Meu irmão seu Lázaro...
- Detetive certo! Falei isso olhando a sala e a decoração. Ele pareceu melhor ao me chamar assim.
- Meu irmão detetive vai matar o (aqui ele falou um nome dum sujeito que eu perguntei umas três vezes e num lembro e também não fazia a mínima idéia de quem era), eu falei quem, e ele tentou me explicar o que se tratava. O irmão era fã desse cara, que eu não me lembro o nome, segundo Alan tinha esse cara como uma espécie de Deus. Fomos entrando pelo apartamento e ele falando, falava que o cara tinha sido líder de uma das principais bandas de rock do mundo, segundo o irmão, a principal.
Um caso de fanatismo, pensei.
O quarto do irmão era todo forrado com fotos do cara, uma viadagem só!
- O quê te leva a pensar que seu irmão faria alguma coisa contra o cara?
- Uma que ele vivia dizendo que o cara depois dos anos setenta se encontrava em constante decadência, tá vendo aquele pôster ali – apontou – aquele é de quando meu irmão achava o cara o máximo, ta vendo aquele outro – e apontou novamente – esse é de quando meu irmão o detesta.
Tinha diferença é claro, no primeiro o sujeito usava poupa de couro, coleira, óculos escuros e cabelos quase raspados e tingidos de loiro, no segundo um sobre tudo cinza e os cabelos pretos batidinho e cheinhos na parte da nuca, bem anos oitenta. Isso só não era normal para um fanático, que não vê que não se pode ser jovem para sempre.
- Segundo foi isso – Ligou o computador e me mostrou uma espécie de diário que o irmão tinha escrito, onde narrava que o mataria no show previsto, li rapidamente, era simples e me pareceu eficiente,o sujeito ia se aproximar e mandar o outro pra bosta, iria ser preso e sair na primeira página dos jornais do mundo todo, pois segundo ele milhares de fãs tinham a mesma opinião que a dele, já tinha dado pro cara.
- Bem, até aí são só opiniões do seu irmão...
- E isso detetive. Ele abriu um guarda roupa e jogou em cima da mesa uma caixa de uma pistola e me entregou uma caixa de balas 380.
4 comentários:
Adoro O detetive Lazaro rs
Vc tem de publica-lo!!
Dé
eu também gosto muito, os editres é que não gostam de nada!
Bala nos Editores de cabelo batidinho!!!.....
mais perai eu nao sou editor?
ufa é de video, e cabelo batidinho é coisa de viado!
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