terça-feira, 13 de dezembro de 2011
sábado, 10 de dezembro de 2011
segunda-feira, 28 de novembro de 2011
Sobre a Escrita e Porcos (ou a História do Poodle do Caralho Grande)
Escrevi um poema sobre porcos, especificamente sobre castração de porcos. Não havia nada disso na literatura brasileira, pensando bem, nem na mundial e só por isso, no meu modesto modo de ver, eu já devia ganhar uma estátua na praça, nome de rua e de hospital. E se não bastasse o tema, o que estava em jogo ali era a escolha do cachaço, o porquinho que ficaria com as bolas, e num quadradinho se transformaria numa enorme coisa de 300 quilos de banha e porra, berrante e fedorenta... e de como as crianças viam e eram impedidas de verem o espetáculo. Ou seja, uma gema!
Estava com ele na bolsa porque tive a tarde para digitá-lo, já que o escrevi à mão e penava a tarde toda na espera dessa reunião onde agora me encontrava, cercado de professores.
A coordenadora da reunião saira para atender um telefonema então caí na bobeira de tirar o poema da bolsa, li e dobrei, mas se isso eu chamava de bobeira, idiotice foi passá-lo para a professora ao lado. Era uma coroa que substituía umas aulas de não sei o quê. Uma vez enquanto fumávamos um cigarro ela me disse que havia sido conselheira tutelar e que seu filho de 21 está “namorando” uma “bisca de 47”, ... e sobre o poema recordou que a avó matava galinhas e que ela e os primos também queriam ver, só que a velha nunca deixava. Me devolveu o poema e embebido de vaidade pelo o que tinha provocado resolvi testá-lo na professora do meu lado esquerdo. A vaidade é o lago onde se afogam os tolos!
Passei ainda dizendo:
- Vê esse poema imortal!
Ela pegou, desdobrou, abriu a bolsa, procurou pela caixinha de óculos e de lá retirou-os e equilibrou-os no nariz. E leu. E devolveu, dizendo:
- Bem forte!
Não falei, mas o poema se chama “Os Fortes”. Guardou os óculos e era só, mas aí a outra professora falou de novo sobre a avó matadora, então “A Bem Forte” perguntou de quem era o poema, que a outra prontamente esclareceu;
- É dele!
- Ah é seu!?
- Versos únicos de toda a literatura.
- Deixa eu ver novamente.
Dei a ela que repetiu todo o processo do desdobrar aos óculos, só que nesse acrescentou um lápis.
Na primeira palavra ela já pôs vírgula, noutra acento, noutra “ésse”, puxou cetas com interrogações, traços em baixo de parágrafos..., escrevia ligado a um círculo “pronome?” “Verbo?”... ou seja, a caixa de ferramenta inteira, juro que não teve linha que ela não observou alguma coisa errada. Daí me devolveu.
Ela tinha dito “Bem Forte” e agora aquilo, era a professora de português!
Quando cursei a faculdade conheci uma porção de pessoas que faziam letras e chegavam até mim e diziam:
- Sabe, eu até escrevia, mas depois quando eu comecei a fazer letras eu parei!
Eram as malditas “regrinhas”, somado a professores frustrados que punham fim a suas pretensões literárias. Mas por outro lado, se eles não fossem capazes de enfrentarem essas merdas e muito mais outras pela sua escrita, então é melhor pararem mesmo!
Antes de escrever eu até sabia algumas “regrinhas”, sabia identificar um pronome, o que era um advérbio, ou adjetivo, incrivelmente até metáfora e metonímia eu sabia, mas quando comecei a escrever, tive que abandonar tudo isso, fiquei apenas malemá com o “abecedário” e olhe lá, fiquei nu para entrar na floresta e caçar as palavras com as próprias mãos, sem truques, pegá-las a unha, e jogá-las no papel, na porrada, para que caiam ali, não mortas!, mas fodidas como elas são, sujas, meladas, zombeteiras, ensanguentadas,... Se é o melhor método? Se aconselho isso a alguém? Não sei, só sei que é assim que me serve! Então aparecem erros medonhos, mas é assim que sou, Errado! E meus personagens são! Se algum deles acertarem uma concordância, um plural, ou tempo verbal, corto minha mão direita fora, eles são toscos como minha escrita, por que são minha escrita, rasos como uma bandeja, ... um lago onde se mergulha e quebra o pescoço, e que até mesmo agora, nesse texto, do começo até aqui (ou até o fim) deve ter uns “mil erros”, em todas as frases, em todas as letras... em todos os cantos e que qualquer profêzinho pode sacar sua caneta e corrigir, apontar, criticar linha por linha, setas, riscos, vírgulas, pontos, tempos, etc. e no final concluir: “Esse cara é um analfabeto, inculto, uma fraude, que nunca deveria ter pego numa caneta,... sacripanta!” E daí pra pior... mas estava eu e essa mulher a me entregar o poema todo riscado, querendo me dizer que com aqueles erros o poema nada a ela dizia. É claro que eu não iria colocar seu nome nesse texto, nem que ela tinha seus quarenta e poucos, vivia com a mãe, solteirona e que até diziam pelas suas costas que era donzela, que tivera um amor não correspondido na juventude e que o amado tem outra, é engenheiro e pai de 5 filhos, sendo que ela já foi professora de um deles no particular e que ela sempre sonhou em ser médica, mas acabou virando professora... Acho que todos esses detalhes nada tenham a ver com sua “visão” sobre o poema, certamente que não, se não o Maluf teria razão. São só as regrinhas, as malditas regrinhas que ela mais meio milhão de professoras despejando todos os santos dias nas cabeças das criançadas “complete a oração subordinada”, “identifique o sujeito e o adjunto” que fodiam tudo.
Nada disso me serviu se quer para escrever uma frase, um bilhete, quando me joguei no abismo da folha em branco, só precisei da vida e como disse de algumas letrinhas que porcamente organizei.
Eu devia estar preparado, eu estou preparado. Sempre fora assim, algumas pessoas liam minhas coisas e diziam: “’Puta que o pariu’, ‘caralho’, mas você só escreve palavrão!”, para elas dizer ‘palavrão’ pode, escrever jamais! Ou como aquela outra que leu a “História do Poodle do Caralho Grande”: “ – Jesus Cristo, você precisa escrever como o Diabo!” E os “adjetivos”: “Baixo”, “vil”, “pornográfico”, “cínico”, “escroque”, “tarado”, “medonho”, “irracional”,... Levei e levo como elogio. Não escrevo pra chocar, nunca nenhuma linha foi pra isso, escrevo para envenenar as pessoas, para que quando terminarem a última linha seu sangue esteja tomado e ela nunca mais seja a mesma, podendo até disfarçar, como se nada tivesse acontecido, igual a algumas pessoas que ao serem picadas por cobra, no choque, fingem que foi só um arranhão! Se escondendo atrás de uns “é bem forte”, ou de lápis a procurar erros, mas o nó na garganta foi maior do que todas as outras vezes, e que depois de ler um texto meu vá pensar duas vezes antes de ler outro.
Que os covardes escondam meus livros em suas estantes, que os puros serão os primeiros a lançarem ao fogo, e os ‘rebeldes’ tatuarão meus versos em seus corpos.
Peguei o poema todo riscado com letras cursivas e pedagógicas, dobrei e enfiei dentro da agenda, olhei bem para os óculos na ponta do seu nariz e não falei nada. Não tinha nada, absolutamente, para dizer a ela... A coordenadora voltou e a reunião foi terminada.
Dias desses encontrei o poema todo riscado dentro de uma gaveta, vou ver se o reencontro e coloco aqui.
***
Procurei mas não encontrei, se encontrá-lo colocarei, ou talvez não! Noutra, enviei uma cópia para uma jovem autora que havia escrito sobre porcos, ela não me respondeu, mas isso já é outra história.
26/04/11
domingo, 20 de novembro de 2011
segunda-feira, 31 de outubro de 2011
Divulgação do lançamento do livro Bom Jesus da Cana Verde do Professor Anderson Lino
APRESENTAÇÃO DO LIVRO BOM JESUS DA CANA VERDE
OS CONFLITOS QUE OCORRERAM AO REDOR DA IMAGEM DO SENHOR BOM JESUS DA CANA VERDE, NA REGIÃO NORTE DO PARANÁ, SERÃO APRESENTADOS PELO AUTOR ANDERSON LINO, NA CIDADE DE CURITIBA, PARANÁ, NO SHOPPING ESTAÇÃO, NAS LIVRARIAS CURITIBA, ÀS 19HS E 30MIN, NO DIA 10 DE NOVEMBRO DE 2011(QUINTA-FEIRA). O AUTOR IRÁ ABORDAR A DISPUTA SIMBÓLICA NA DÉCADA DE 1930 COM BASE NO DESENVOLVIMENTO E NAS NOVAS RELAÇÕES SOCIAIS, ECONÔMICAS E CULTURAIS DO "UNIVERSO" RURAL PARANAENSE. ASSIM COMO A HISTÓRIA INVENTADA, IMAGINÁRIA E VIGIADA PELOS DONOS DO PODER MATERIAL E SIMBÓLICO. CONSIDERADA COMO UMA DAS MAIORES FESTAS RELIGIOSAS E POPULARES DO ESTADO PARANAENSE E DO BRASIL, O LIVRO DO AUTOR RECEBEU DA CÂMARA MUNICIPAL DO MUNICÍPIO DE SIQUEIRA CAMPOS, ONDE SE ENCONTRA A IMAGEM DO BOM JESUS DA CANA VERDE, O PRÊMIO DE MOÇÃO DE CONGRATULAÇÃO.
J. R. BAZILISTA (HISTORIADOR, ESCRITOR E PROFESSOR DO ESTADO DE SÃO PAULO)
Ver mais no blog:
http://andersoncanaverde.blogspot.com/
domingo, 30 de outubro de 2011
domingo, 25 de setembro de 2011
(Até a semana passada esse texto era tido como ultraviolento, depois de quinta - feira ele é até fofinho!)
A criança ganhou da mãe uma caixa de presente. Ao abrir, viu o revólver com coldre, cinto e munição. Ele já tinha botas e chapéu. Não era aniversário, nem feriado.
Ele correu pro quarto, colocou chapéu, as botas, afivelou o cinto, tirou o revólver, destravou o tambor e carregou. Arriscou rodar no dedo e conseguiu, mas não antes de ajeitar o chapéu com o cano, daí sim girou e guardou, queria até ter dois.
O primeiro a morrer foi o Ursinho , balaço na testa. Temeu que o barulho alertasse os peles vermelhas.
Pensou em fazer mira no batente da porta, mas não era assim que um Cowboy matava. Entrou na sala como quem entra no saloon, suas botas e espóras ecoavam pelo assoalho. A mãe sorrindo levou o seu também, na testa. Decidiu que só mataria assim, sua assinatura: o Z do Zorro, o Dólar Furado. Assoprou o cano. A mãe caída por cima da mesa espatifada.
Num giro rápido se livrou da machadinha que a avó lançara da porta da cozinha, cravara no sofá. Na testa, BANG!
Pulou no sofá, o encosto, e atrás da pedra e aguardou. Poupou a bala do coiote negro que miou em agradecimento. O pai não teve a mesma sorte, que ao sair do banheiro levou a sua, BANG! Xerife também morre.
Nem bem caiu a noite e uma grande lua subia pro céu. Quando ouviu o barulho da porta sendo destrancada. A porta abriu lentamente mas ninguém entrou, um segundo, dois, e nada. Então o tiro lhe raspou o braço, “Maldito Apache!”, e ao cair atirou, a luz da lua havia prateado o rifle e denunciado o irmão na escuridão da encosta, BANG!
A mãe o mandou lavar as mãos para jantar.
quarta-feira, 14 de setembro de 2011
Com os olhos que a terra há de comer!
Quando se tem e não se tem
Ele estava sentado no banco. A perna direita cruzada sobre a perna esquerda.
Era justo a perna direita que ele não tinha. O que havia ali era uma prótese que a barra da calça levantada só permitia ver do “joelho” pra baixo, uma espécie de plástico até o meio da canela e dali até o pé um cano e o pé, também plástico, ou fibra...
O conjunto todo me parecia um ex-voto de um triatleta que havia perdido a perna prum tubarão em algum lugar dos anos 80.
Mas nada disso tinha chamado minha atenção, cutucado meu espanto e nenhuma dessas linhas seriam escritas se naquela manhã de inverno e sol, ele sentado ali não estivesse tão distraidamente, alheio a minha presença ou a presença de qualquer outro, a coçar a perna de plástico.
04/07/11
terça-feira, 30 de agosto de 2011
domingo, 14 de agosto de 2011
terça-feira, 9 de agosto de 2011
terça-feira, 2 de agosto de 2011
sábado, 23 de julho de 2011
terça-feira, 5 de julho de 2011
domingo, 19 de junho de 2011
Poema da Garçonaria
Você passa a ser da garçonaria
quando uma frase
“Me vê mais uma!”
Passa a ser o disparo da corrida.
Você é da garçonaria
quando moeda
vira caixinha.
Você é da garçonaria
quando em seu bolso
sempre tem um abridor
e uma caneta.
Você é da garçonaria
quando sorri ao escutar
“Vê a saidêra!”
Você é da garçonaria
quando já não mais acredita
em promessas
de mesa de bar
“Meu primo
robou a lua
e ‘amanhã’
vou trazer um pedaço
dela pra você
que é gente fina!”
Você é da garçonaria
quando não mais te dizem
“Obrigado”.
Você é da garçonaria
quando os casais
se tocam na sua
frente
quando os viciados
se viciam
na sua
frente
quando os segredos
são ditos
sem te pedirem segredo
quando as
conversas modulam
de tom
com a sua presença
ao limpar a mesa
dos bêbados tímidos.
Você é da garçonaria
quando palavras
como:“Prato, chapa,
comanda, porção,...”
Repetem na sua cabeça
a milhão.
Você é da garçonaria
quando algum engraçadinho
numa mesa engraçadinha
usa você para fazer
algo engraçadinho
e você
só com o olhar
consegue passar a mensagem
de
“Babaca eu vou cuspir na sua empada!”
e
eles calam
sem você dizer nada.
Você é da garçonaria
quando numa briga
(do nada)
é o mais provável
a levar uma garrafada.
Mas você realmente é da garçonaria
quando você se empolga
por ter saído vale
e suas costas não estão doendo
no dia da folga.
15/06/11
sexta-feira, 3 de junho de 2011
quarta-feira, 1 de junho de 2011
VI LI OUVI : "Mastigando Humanos"
domingo, 15 de maio de 2011
De Buk Onde Teibol!!!!!! Gelo Na Boca - Confissões de um Pobre-Diabo no Prelo!!!!
domingo, 1 de maio de 2011
Trampo pesado Trampo (Tradicional poema para o dia do trabalho)
Pela manhã
Pela manhã um pouco depois
das cinco
ainda na escuridão da noite
com o friozinho
da madruga
que faz o cara da rua
se cobrir da cabeça aos pés
de cobertor e papelão
– nunca o ouvi roncar,
nem se mexer- também nunca o vi
de dia -Viro a esquina
e cruzo com as duas amigas
que vão para a fábrica de calcinhas
(é claro que elas não estão de calcinha,
ou melhor, estão..., bem, acho que estão...,
ou melhor dizendo – elas trabalham
em uma fábrica de calcinha)
Depois cruzo com uma outra retardatária,
sempre com seus jeans,
sua bolsa de 9,90
e seu cheiro de AVON DO DIA 5
Nesse horário a Guaicurus
é tão vazia que a cruzo de olhos fechados,
tão vazia que
os ônibus erram o itinerário
e tomam a contra mão da Aurélia.
O bar recende a enroladinho de salsicha
em óleo rançoso.
Remendei as solas dos meus sapatos
cortando parte do calcanhar.
Remendei com uma “Bond-Pirata”
debaixo da escada,
escondido para minha mulher
não ver- Pobre Churi, pobre vida!
A professorinha disse não saber porque
o Will Eisner desenha todo mundo com os sapatos furados.
Fiquei com vergonha de levantar o pé e mostrar
como isso funciona!
Continuo o caminho como
se pisasse em dois grandes chicletes,
ou em merda dura,
uma em cada pé.
Torço para logo me acostumar.
A banca de bolos na entrada
da estação o café fumega. Já
parei ali em outras épocas quando 1 real
era alguma coisa.
Hoje cada passo – cada mísero
passo é para o aluguel.
Na plataforma o trem já
vem cheio de Itapevi,
ainda mais cansados do que eu
ainda muito mais corajosos do que eu...
Todos na lida...
Na Barra Funda
todos a tomar seus rumos
e
eu sigo martelando um verso
e com a esperança de que o sapato
aguente
um pouco mais.
Para quando se sentir sinistro
terça-feira, 12 de abril de 2011
sexta-feira, 1 de abril de 2011
quarta-feira, 30 de março de 2011
Exposição no Bar Oratório - Dez desenhos foram feitos para a exposição no Bar Oratório que fica na Rua Coriolano n°73 Lapa SP
domingo, 6 de março de 2011
domingo, 27 de fevereiro de 2011
domingo, 20 de fevereiro de 2011
Acabei de entregar a primeira versão de um roteiro que é uma adaptação desse conto. Agora virou A Fada dos Dentes
Ontem a noite.
Dirigindo e bebendo ele mete a mão nas pernas dela.
Ela gosta. Bebe também.
Se ajeita e ouvi rádio alto.
Naquela hora não há fárois.
Estaciona na rua de qualquer jeito.
Se debatem três lances de escadas.
Acerta a chave na sorte.
Entram se explorando.
(...)
Cansam e dormem.
Sozinho acorda.
Não a vê.
Sente algo estranho,
Sua boca.
Corre para o banheiro.
A cabeça dói.
Olha no espelho e se assusta,
Nenhum dente!
Olha de novo,
Sem sangue!
Abre mais a boca,
Passa a língua na gengiva,
Gosta disso
E sorri.
[fim]
J.R.Bazilista
23/10/01
Coloquei mais dois outros personagens, sendo que um deles deu nova dimensão a estória.
O pessoal do CineGalpão vai produzir, jurei que não mais dirigiria cinema, pela proposta do Henrique, certamente vou quebrar a jura!
Como ele vai produzir, vou perguntar se posso postar aqui o roteiro, nada mais justo consultar.
Desde 2001 na gaveta, virou um conto do Como empalhar Mosquitos e agora em 2011, será um curta, cara nunca imaginei!
domingo, 13 de fevereiro de 2011
Elisabeth Ruriz e o Gigante
Elisabeth Ruriz (Trecho: No meio do Nada tinha um Gigante)
bum Bum, BUM. BUM. BUM. BUM. Foi com espanto e um grande espanto que Elisabeth percebeu que o autor daqueles barulhos era um GIGANTE e que vinha a toda velocidade em sua direção, e que agora o som das suas passadas fazia o chão tremer a cada BUM. E foi com muita destreza que Elisabeth conseguiu se livrar de ser esmagada. Mas era aquele gigante que havia quase a esmagado e totalmente a ignorado que poderia lhe dizer alguma coisa sobre onde ela estava. Então resolveu correr atrás daquela criatura.
“Seu Gigante, por favor, um minuto, aqui embaixo!!!”Mas nada do grandalhão dar atenção e ela não iria conseguir continuar no seu ritmo. Foi então que uma idéia lhe surgiu:
“Seu Gigante o senhor deixou cair algo!”
E isso parece realmente dar certo, pois o colosso realmente parou.
“O senhor deixou cair algo!”
Ele se virou e olhou para ela pela primeira vez e sua voz saiu como se um furacão nascesse de dentro de sua garganta:
‘E O QUE FOI QUE EU PERDI E ONDE ESTÁ O QUE EU PERDI? E COMO VOCÊ VIU O QUE EU PERDI, SE TEM OLHOS TÃO PEQUENOS?”
“Como o senhor está me fazendo três perguntas só responderei se o senhor responder as minhas!”
“SABIA QUE EU POSSO ESMAGAR VOCÊ NUM PISÃO?!”
“E isso seria outra pergunta?”
“ENTÃO ANDE LOGO COM SUAS PERGUNTINHAS, E RESPONDA AS MINHAS, NÃO TENHO O DIA INTEIRO!”
“Como eu faço para chegar naquela cidade?”
O Gigante olhou para o horizonte e depois falou:
“NUNCA NINGUÉM CONSEGUE CHEGAR A HORIZONTINA.”
“E que lugar é esse onde estou?”
“VOCÊ ESTÁ NO MEIO DO NADA!”
“E eu devo ir para onde?”
“AH PEQUENINA, QUE PERGUNTA ESTÚPIDA, NÃO TEM OUTRA MELHOR?”
“Não, mas o senhor acabou de me fazer outra pergunta.”
“ENTÃO VÁ PARA NOMADIA”
“E como eu faço para chegar até lá?”
“ELA VAI CHEGAR ATÉ VOCÊ. AGORA QUERO MINHAS RESPOSTAS!”
“Bem, como o senhor mesmo disse, eu tenho olhos pequenos, então não vi o que era, mas vi que caiu do senhor e foi lá atrás, de onde o senhor veio.”
O gigante olhou para onde tinha vindo, hesitou um instante, bufou, apalpou os bolsos, resmungou algo e voltou pelo caminho e mais uma vez se Elisabeth não fosse rápida teria sido esmagada.
“Bem, pelo visto realmente ele deve ter perdido alguma coisa.” Pensou.
domingo, 6 de fevereiro de 2011
quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011
quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011
terça-feira, 1 de fevereiro de 2011
Meus dias na Garçonaria (Um papo da categoria)
A Cuaiada do Chico Mandioca
Ele quase não falava, mas uma vez ele desembestou a falar:
“Fomos eu mais uns colegas
lá pro lado do Catitu
caçá péba cuns cachorros
Paramos lá na grota
dum véio
Amigo nosso, o Chico Mandioca
comemos uns toiços rançado
e depois ele falou:
-Visse meninos tem cuaiada aí!
Quando pomos açucá
e partimos com a cuié
tava tudo cuaiado,
um outro falou:
‘Eitá Chico isso mais um pouco vira quejo!’”
Nesse ponto ele ria, que levei dois dias pra entender o resto.
“A cuaiada tava tão ruim
que nem um gato de doi dedo de grussura comia!”